Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Ai, ai... este poema traz muitas recordações...das boas!!
Foi há três anos...e foram 3 anos anos de vivências inspiradoras, que ainda hoje contribuem para aquilo que sou!
Longe vão os tempos dos exames nacionais (bichos de sete cabeças!! loll, agora com menos algumas :P), das correrias para não chegar atrasada, do tempo de estudo.
Hoje tudo isto é vivido e revivido! Vivido pelos meninos do 12º e revivido por mim pois, inevitavelmente, regresso a um tempo que deixa saudades.
[Já que aqui se fala dos bichos de sete cabeças (Upss, dos exames nacionais :) ) digo apenas que o poema acima colocado foi o que saiu no meu exame de Português =p ]
Quis o destino que eu viesse parar a este Jardim ;)
terça-feira, 17 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Loucura (o regresso...!!)
Palavras que nos beijam...
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado,
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
=)
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado,
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
=)
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