terça-feira, 17 de junho de 2008

Em todos os jardins...

Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.


Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.


Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.


Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.


Sophia de Mello Breyner Andresen

Ai, ai... este poema traz muitas recordações...das boas!!
Foi há três anos...e foram 3 anos anos de vivências inspiradoras, que ainda hoje contribuem para aquilo que sou!
Longe vão os tempos dos exames nacionais (bichos de sete cabeças!! loll, agora com menos algumas :P), das correrias para não chegar atrasada, do tempo de estudo.
Hoje tudo isto é vivido e revivido! Vivido pelos meninos do 12º e revivido por mim pois, inevitavelmente, regresso a um tempo que deixa saudades.

[Já que aqui se fala dos bichos de sete cabeças (Upss, dos exames nacionais :) ) digo apenas que o poema acima colocado foi o que saiu no meu exame de Português =p ]



Quis o destino que eu viesse parar a este Jardim ;)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Loucura (o regresso...!!)

Ora pois muito bem!
Ela está quase de volta... ou melhor, eles!!!
Chegou a hora de hibernar! Exames...venham eles!!



PS: Fica aqui só uma pequena e húmilde notinha: Faz amanhã um ano que (quase) tudo começou ;)

Palavras que nos beijam...

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.



Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado,
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill

=)